Teria Robert Johnson feito um pacto com o Diabo?

Robert Johnson (1911-1938) foi um músico americano de Blues, demonstrando muito talento com suas composições e com suas habilidades tocando violão, influenciando futuras gerações de músicos.
Eric Clapton disse que Johnson foi “o mais importante cantor de Blues que já viveu“. Johnson também foi introduzido ao Hall da fama do Rock and Roll e ficou em 5º lugar na lista dos 100 maiores guitarristas de todos os tempos da revista Rolling Stone, entre diversas outras premiações.

Robert Johnson tocando violão Gibson

Johnson nasceu em uma família pobre e cheia de filhos, e logo largou os estudos pois sua vista não era muito boa. A partir de então, Johnson passou a adolescência acompanhando músicos de blues, tentando aprender a tocar como eles, porém, era desprezado por eles.
Johnson tinha o desejo de se tornar um grande músico de blues, sumiu por algun meses, quando foi então instruído a levar seu violão numa encruzilhada próxima a uma plantação a meia-noite. Lá ele encontrou-se com um grande homem negro (O Demônio) que pegou seu violão e o afinou, o homem então tocou algumas músicas e devolveu o violão a Johnson, dando a ele maestria ao instrumento,criando então o blues pelo qual ficou tão famoso mundialmente, influenciando gerações de novos músicos de blues.

Quando Robert Johnson voltou, depois de ter ficado alguns meses sumido, Johnson reencontrou alguns amigos músicos, que ficaram surpresos ao verem que Johnson agora tocava violão melhor que todos.

Robert Johnson morreu em agosto de 1938 aos 27 anos próximo a Greenwood, Mississippi. No local onde Johnson tocava a algumas semanas.
Segundo conta a história, Johnson flertava com uma mulher, esposa do dono do local (Existe uma outra versão, onde a mulher não era esposa do dono do local). De acordo com rumores, foi oferecido a Johnson uma garrafa de Whiskey envenenada pelo dono do estabelecimento com estricnina.
Seu companheiro, Sonny Boy Williamson outra lenda do Blues disse a Johnson para nunca beber de uma garrafa oferecida que já tenha sido aberta, de acordo com Sonny Boy, Robert Johnson respondeu: “Nunca tire uma garrafa de minhas mãos!“.
Logo depois, foi oferecido a Johnson outra garrafa de Whiskey aberta, que também tinha sido envenenada com estricnina, e aceitou.
Johnson começou a passar mal durante a noite, depois de ter bebido o whiskey envenenado e precisou de ajuda para chegar ao seu quarto de manhã. Nos três dias seguintes, sua condição piorou e Johnson faleceu num estado convuldivo de severa dor (Sintomas de envenenamento por estricnina).

No livro de Tom Graves, Crossroads: The life and afterlife of blues legend Robert Johnson. Graves utiliza de testimoniais de especialistas em toxicologia para discutir a idéia de que Johnson tenha morrido envenenado por estricnina. Graves alega que estricnina possui um gosto e odor tão distinto, que não poderia ser camuflado mesmo em um forte liquor. Ele alega também que uma dose significante de estricnina bebida de uma vez seria faltal, e que a morte por seu envenenamento levaria somente algumas horas, e não dias como ocorreu com Robert Johnson.

Mas segundo os contos mais antigos, Johnson morreu rastejando-se de quatro em um corredor de hotel, uivando feito uma besta. Seu contrato com o Diabo tinha chegado ao fim.
Segundo dizem também, Johnson teria afirmado vender sua alma ao Diabo, assunto muito discutido na biografia de Johnson escrita por Tom Graves.

Embora não se pode comprovar que Johnson tenha dito ou não que fez um pacto, suas músicas são verdadeiras referências a lenda que o cerca. Como por exemplo a música “Me and the Devil Blues“:

Ou a música “Hellhound on my trail“:

Espero que tenham gostado de mais uma aula de história.
Até a próxima!

Faça um comentário

Nenhum comentário
Esconder comentários